Wiki Os Contos de Protênia
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A Guerra das Ilhas, também chamada de Primeira Guerra Pretên-Protên, foi um embate entre as nações do norte e do sul pelo controle do arquipélago de Ubrigalan. É lembrado como o maior embate naval da história de Protênia, e certamente uma das guerras mais longas. Os motivos para o embate são diversos, desde disputa por recursos, até mesmo disputa por zonas de influência, a inimizade entre os reinos e o desejo de povoar e colonizar regiões intocadas pelo Império Dracônico.

Durante esse conflito, ocorreu o evento conhecido como Conselho dos Reis, que resultou no desaparecimento de todos os monarcas de Protênia. Por essa razão, a guerra sofreu um revés, e as forças nas ilhas ficaram sem reforços de novos soldados ou mantimentos. Por conta disso, os povos locais (chamados de ilhéus) decidiram tomar o controle da ilha para si. Foi assim que a Revolução de Ubrigalan começou, e os ilhéus foram capazes de expulsar os estrangeiros.

Com a retomada do controle da ilha, foi formado o sétimo Grande Reino de Protênia, Ubrigalan. Com o tempo, as desavenças entre os ubrigalanos e os povos do continente foram terminando (principalmente com o sul), e os ilhéus tomaram para si os costumes de Protênia, como governo, religião e até mesmo alguns pontos de cultura - preservando seu estilo de vida e sua história.

Prelúdio[]

Descoberta do Arquipélago[]

Desde o tempo do Império Azuriano sabe-se da existência do arquipélago de Ubrigalan e seus habitantes. No entanto, devido sua distância da costa do continente, ele nunca foi governado pelo Império devido a fraqueza marítima do mesmo. Durante o governo dracôniano, o arquipélago também foi deixado de lado, transformando-se em um antro de terras não-conquistadas.

Durante a Era XI, cerca de um século depois da fundação dos Grandes Reinos, viu-se a necessidade de expandir as zonas de influência para garantir aliados e recursos, principalmente entre os dois maiores poderes: norte e sul. Após o desenvolvimento de galés capazes de viajar pelas traiçoeiras e mágicas águas que circundam o continente, houve uma corrida entre os dois principais poderes para descobrir quem poderia "colonizar" as ilhas primeiro. Foi então que no verão de 1056, Protên enviou sua primeira frota marítima para as ilhas, se encontrando com a frota de Pretên que partiu poucos dias depois, dando início ao conflito na Primeira Batalha de Weinsfurt.

Tesouro dos Nibelungos[]

Nibelungos são um povo de anões que, de acordo com lendas, viajaram para Ubrigalan na tentativa de fugir do domínio dracôniano, durante a Era VII. Ainda que improvável, pela deficiência naval dos povos anões, é dito que os nibelungos foram capazes de chegar à salvo em Ubrigalan, e fizeram suas casas no subterrâneo das colinas nebulosas.

É dito que consigo, levaram uma grande quantidade de ouros e jóias, tal qual um anel mágico capaz de tornar o usuário mais forte fisicamente e mentalmente. Achar o tesouro dos nibelungos era o principal objetivo do Rei Aeron II de Protên, e a principal razão das fortes baixas nortenhas.

Números[]

Exército[]

Embora a Guerra seja lembrada por ser o maior conflito naval da história do continente, ambos os Grandes Reinos envolvidos possuíam poderosos exércitos terrestres que desempenharam um papel crucial nas invasões das ilhas de Ubrigalan.

Protên[]

O exército do norte era composto principalmente por Conscritos, druidas e alguns poucos Homens-de-Arma. Uma característica central para o nortenhos era sua resistência física e capacidade de combate mesmo nos terrenos difíceis e o clima frio das ilhas. A inexperiência de seus soldados, no entanto, apresentou ser a principal razão das pesadas baixas do exército anoriano.

  • Infantaria pesada de Homens-de-Arma: Protên confiava fortemente em sua infantaria pesada, composta por soldados armados com espadas largas, lanças e escudos robustos, além de armadura de cota de malha, capaz de manter posições defensivas contra investidas inimigas.
  • Conscritos: Numerosos e conhecidos por sua ferocidade, eram os fazendeiros mais pobres, camponeses e plebeus homens, com idades entre 16 e 60 anos, que vivem no campo ou nos centros urbanos que são convocados, por lei, para o serviço militar. Traziam suas próprias armas e armaduras, muitas vezes rudimentares. Eram subestimados, mas se mostraram essenciais em combates durante a Guerra.
  • Arcos-Longos: Desde a Era X, Protên possui os melhores arqueiros do continente. Usando do arco-longo, um arco maior e mais poderoso adaptado dos arcos dos Elfos Brancos, os arqueiros anorianos eram habilidosos em disparar flechas a grande distâncias, o que se mostrou extremamente valioso nas emboscadas em praias e bosques de Ubrigalan.
  • Druidas: Era a principal unidade militar mágica de Protên. Capazes de habilidades elementais e de controle do clima, de se transformar em animais selvagens e de se comunicar com as criaturas locais. Tiveram um papel crucial nas batalhas, usando suas habilidades para influenciar o terreno e as condições climáticas, sendo a principal linha de defesa contra os Magos de Guerra.

Pretên[]

Pretên possuía um exército mais diversificado, numeroso e mais avançado no quesito força bélica do que Protên, razão de ter tido uma forte vantagem no início da guerra. No entanto, por conta de seu alto custo, conforme a guerra avançou mais que o Rei de Pretên gostaria, manter esses soldados de elite ficou cada vez mais difícil, causando uma piora significativa na qualidade e número de seu exército. Ainda, sua abordagem estratégica era mais organizada, com maior ênfase na disciplina militar.

  • Guardas de Elite: A espinha dorsal do exército pretêniano era composta por diversas guardas altamente treinadas e disciplinadas. Armados com lanças, espadas curtas e escudos, armadura de couraça e cota de malha, conseguiam fazer as paredes de escudo mais fortes das batalhas. Cada guarda era comandada por um Conroi, o quê dava uma vantagem estratégica imensa para Pretên.
  • Engenharia de Batalha: Durante cercos, o exército pretêniano era capaz de construir armas e adereços para facilitar a invasão. Aríetes, balestras e escadas tornavam os cercos mais rápidos e eficientes para Pretên.
  • Mercenários: Além de suas próprias forças, Pretên contratou durante toda a guerra grupos mercenários do continente para aumentar seus números.
  • Magos de Guerra: Uma importante distinção do exército sulista era o uso de magos de combate, que utilizavam de feitiçaria para apoio às tropas regulares. Embora em menor número, esses magos eram capazes de conjurar barreiras de proteção, bolas de fogo que transformavam paredes de escudo em uma estratégia inútil e invocação de elementos para devastar linhas inimigas.

Força Naval[]

A verdadeira força motriz por trás da Guerra das Ilhas foi o poderio naval de ambas nações, cujas marinhas definiram o rumo do conflito. Cada lado empregou táticas navais distintas, adaptadas às suas condições tecnológicas e econômicas do período.

Protên[]

A frota de Protên era composta por embarcações rápidas e ágeis, muitas vezes projetadas para velocidade e manobrabilidade nas águas traiçoeiras da costa de Ubrigalan. A sua principal vantagem era a composição de galés menores, que eram mais adequadas para navegarem entre as ilhas e para a rápida movimentação para possíveis emboscadas.

  • Galés Nortenhas: Embarcações leves, feitas para deslizar pelas águas com rapidez e agilidade. Alongados, com remos e velas, feitos para viagens curtas. Eram equipados com bestas e aríetes de proa.
  • Galés Incendiários: Próximo ao fim da guerra, Protên começou a implantar barcos rápidos e pequenos carregados com óleo inflamável. Os óleos eram então lançados por pequenas catapultas em direção às embarcações inimigas e, uma vez em contato, os navios inimigos eram incendiados, causando pânico e destruição nas frotas adversárias.
  • Galés de Ataque Noturno: Devido à sua velocidade e furtividade, a frota nortenha era capaz de realizar ataques noturnos, surpreendendo as forças sulistas enquanto estavam ancoradas.

Pretên[]

A marinha de Pretên era maior, com navios mais pesados e fortemente armados. Embora isso fornecesse uma vantagem significativa em batalhas frontais, dificultavam as manobras rápidas, deixado a marinha suscetível a emboscadas e ataques rápidos.

  • Galés Sulistas: A maior parte das galés sulistas eram largos navios mercantes adaptados para a guerra. Seu tamanho era a sua principal arma, e também permitia que tropas, mantimentos e armas fossem transportadas entre o continente e as ilhas. Eram lentos, mas resistentes e equipados com poderosos aríetes e balestras.
  • Trirremes de Guerra: Enormes navios, armados com torres de arqueiro e balestras. Eram projetados para batalhas prolongadas, com múltiplos níveis de soldados prontos para invadir embarcações inimigas.

Conflito[]

Primeira Batalha de Weinsfurt[]

A Primeira Batalha de Weinsfurt marca o começo oficial da guerra das ilhas. Foi uma batalha parcialmente naval, parcialmente em terra, que aconteceu em Mehefin, 27, de 1056. As forças nortenhas buscavam aportar na ilha de Weinsfurt durante a madrugada, mas foram surpreendidos por um grupo de galés pretênianas que aguardavam qualquer tipo de movimento, tendo chegado em torno de dois dias antes no local. A batalha no mar não durou tanto, pois quando perceberam que estavam sendo atacados pelos flancos, a marinha nortenha decidiu atracar às pressas. Tendo perdido parte de sua força naval no ataque surpresa, incluindo a maior de suas galés, o norte foi forçado a recuar na praia de pedras, onde a segunda parte da batalha começou.

Com o uso de Magos de Guerra, Pretên conseguiu espalhar as forças nortenhas pela praia, impedindo-os de se reunir para contra-atacar. O uso de druidas por parte de Protên fez total diferença, já que foram responsáveis pela maior parte das baixas sulistas na batalha. No entanto, ainda sim o norte foi forçado a recuar para dentro da ilha, garantindo a vitória de Pretên na primeira batalha da guerra. Entre as baixas, a mais importante foi a perda do General Gaheris, que atuava como conselheiro do Rei Aeron II de Protên.

Batalha do Estreito de Dhünn[]

A Batalha de Dhünn foi a primeira batalha inteiramente naval da Guerra das Ilhas. Travada, como o nome sugere, no estreito de Dhünn, localizado entre as ilhas irmãs de Keslen e Hugen, no sudoeste do arquipélago. Dhünn era uma rota vital para controlar Keslen e Hugen, e ter acesso até a ilha principal de Wangerber, por isso ambos os lados mobilizaram suas frotas para conquistar o estreito.

Os navios de Protên, leves e velozes, utilizaram táticas de ataque rápido e evasão para compensar a superioridade númerica e bélica da marinha do sul. A batalha se estendeu por dias, com ambas as partes sofrendo pesadas perdas. O resultado de tal campanha, apesar das baixas, foi de uma vitória nortenha, que permitiu a dominação das ilhas irmãs e o avanço para à ilha principal.

Criação e Cerco de Grunwagen[]

A região de Grunwagen, e posteriormente a criação da cidade portuária de mesmo nome, foi uma locação importante por ter sido uma das primeiras tentativas do sul de estabelecer uma fortificação no arquipélago de Ubrigalan. Grunwagen, região estratégica na ilha de Stühstadt, ao nordeste, foi transformada em um posto avançado, e posteriormente seria a cidade capital do recém formado Reino de Ubrigalan.

Após a criação da cidade portuária, a marinha anoriana logo reagiu, cortando suprimentos de chegarem ao porto e estabelecendo postos de controle em volta do porto recém construído. O que seguiu foram longos meses de cerco naval, com as tropas sulistas isoladas em Grunwagen, sofrendo com fome e doenças. O cerco foi cortado quando os primeiros trirremes vindos do continente atacaram a marinha anoriana, forçando-os a fugir e liberar a cidade.

Com o domínio de Stühstadt, as tropas sulistas seguiram para a ilha de Zweisiel, que dominaram sem nenhuma resistência significativa.

Cerco de Forte Hatz[]

Durante o outono de 1056, mais especificamente em Hedra, 30, a fortaleza nortenha em uma antiga fortificação ilhéu, chamada de Forte Hatz, foi atacada de surpresa por aproximadamente sete mil tropas sulistas. O cerco durou apenas uma noite, e essencialmente todos os nortenhos do forte foram capturados ou mortos. A perda de um regimento inteiro de soldados fez com que Protên perdesse a tão desejada ilha de Weinsfurt.

Os homens presentes no forte faziam parte de um grupo especial do Rei Aeron II, responsáveis por localizar e saquear o Tesouro dos Nibelungos. O resultado da batalha, entretanto, causou um desaparecimento desse grupo. Aeron só conseguiria recuperar contato com os homens que sobreviveram Forte Hatz em 1060.

Batalha de Rochas Partidas[]

A Batalha de Rochas Partidas ocorreu no segundo ano da guerra, nas águas traiçoeiras (apelidadas de "Rochas Partidas") próximas à ilha de Wangerber. Esse confronto foi uma tentativa do norte de emboscar as forças do sul em um ponto vulnerável.

Utilizando uma pequena frota de manobra rápida, as forças de Protên conseguiram atrair os navios de Pretên para a área perigosa, onde muitos dos navios do sul encalharam ou sofreram danos severos. A marinha do norte, embora menor, aproveitou o terreno para destruir parte significativa da frota inimiga. Rochas Partidas foi uma vitória importante para Protên, que conseguiu, por um breve período, reequilibrar as forças no mar e obter total domínio sob a Ilha de Wangerber.

Primeira Trégua[]

A primeira trégua da guerra aconteceu em 1058 e foi até 1060. Esse tempo serviu para que ambos os Reinos recuperassem suas forças de forma significativa, e também para a criação de novas cidades e construções no arquipélago. O período de trégua foi marcado pela presença de diversos viceroys eleitos tanto pelo norte, quanto pelo sul. Governadores que tinham como dever estabelecer a vontade do Rei no local. Em certos lugares esse é o caso, mas muitas cidades em lugares que a guerra estava mais acirrada, como em Wangerber, a tal vontade era de dois Reis diferentes, às vezes sob uma mesma cidade. Muitos ilhéus eram obrigados a pagar duas vezes mais tributos, como doar parte da colheita ou alguns animais, além de força manual para ajudar nas reformas dos fortes.

A presença de viceroys nas ilhas seria o motivo principal do estopim das Revoluções de Gundahar.

Batalha de Nigelhörn[]

A primeira trégua da Guerra das Ilhas teve o seu fim quando soldados do exército pretêniano, à mando do Alto-Chanceler da Igreja Protêniana, massacraram cerca de cem homens na ilha-maré de Nigelhörn. Após localizarem e capturarem o Tesouro dos Nibelungos, o exército anoriano foi cercado por um grande número de homens sulistas na ilha de maré de Nigelhörn.

Houve um embate entre paredes de escudo, mas a centena de homens anorianos não foi párea para a força sulista. Depois de conseguirem o tesouro, as embarcações sulistas partiram para Pretên para entregar as moedas. As embarcações nunca chegaram ao seu destino.

Desembarque em Wangerber[]

O Desembarque em Wangerber foi uma tentativa decisiva do sul de tomar controle da maior ilha do arquipélago, que também abrigava a maior concentração de recursos naturais valiosos. Esse desembarque aconteceu em 1065, e envolveu uma força de invasão massiva, recrutada durante o período de trégua, com milhares de soldados transportados em embarcações de guerra do sul. O objetivo era construir uma fortaleza permanente e assegurar o domínio do sul sobre Ubrigalan.

No entanto, as forças nortenhas haviam antecipado esse movimento e prepararam emboscadas nas praias. Quando as tropas do sul desembarcaram, foram rapidamente atacadas tanto por terra quanto por mar. Mesmo após graves perdas de ambos os lados, o sul conseguiu assegurar parte da ilha, mas ao custo de recursos e homens demais para mantê-la.

Segunda Trégua[]

A segunda trégua da guerra aconteceu em 1066 e se estendeu até 1073. A trégua foi proposta por Pretên após ambos os reinos entrarem em uma pesada crise financeira. O segundo período de trégua resultou na construção de centenas novas cidades e vilarejos nas ilhas, e em uma independência maior por parte dos ilhéus.

Após esse período, ambos os lados começariam a recrutar ilhéus para os seus números como forma de trabalho mercenário.

Batalha do Crepúsculo[]

A Batalha do Crepúsculo, aconteceu em 1073 e foi um dos últimos grandes confrontos navais antes do fim da guerra. Ocorreu ao entardecer, quando uma esquadra do sul tentava recuperar recursos em Zweisiel durante o período de trégua. Uma frota nortenha de mercenários, no entanto, estava à espreita e aproveitou o momento para lançar um ataque surpresa.

Esse ataque resultou no fim da trégua.

Essa batalha foi notável pela inovadora tecnologia, adaptada dos ilhéus, de Galés Incendiárias. Logo ela seria adaptada pelo restante da marinha, e o resultado foi caos, que se espalhou pela frota sulista, resultando na destruição de muitos navios. Embora o combate tenha ocorrido próximo ao anoitecer, a conflagração resultante iluminou o mar, levando ao nome da batalha.

Segunda Batalha de Weinsfurt[]

A Segunda Batalha de Weinsfurt foi marcada pela intervenção decisiva dos povos de Tháidgarðr, a península nórdica onde o Grande Reino de Thaidour está localizada. Aproveitando-se das enfraquecidas e exauridas forças nortenhas e sulistas, os nórdicos embarcaram em Weinsfurt para saquear as cidades construídas alí durante a Segunda Trégua.

Os saqueadores nórdicos, conhecidos por suas barbáridades e brutalidade, usaram dos seus revolucionários barcos chamados de Dracares. Com isso, eles puderam estabelecer a sua soberania sob Weinsfurt e realizar expedições de saque pelas outras ilhas de Ubrigalan, expandindo a sua influência e liberando os povos ilhéus, que os receberam de braços abertos. A vitória de Thaidour transformou a sua força naval na mais poderosa de todo o continente, estabelecendo a sua supremacia por centenas de anos seguintes.

Essa foi a última batalha da guerra, logo antes do Conselho de Reis, da Terceira Trégua e do início das Revoluções de Gundahar.

Conselho de Reis[]

Terceira Trégua[]

Desfecho[]

Protên[]

Pretên[]

Independência de Ubrigalan[]

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